Mulheres entre 20 e 40 anos são o grupo mais acometido, porém, a doença pode atingir qualquer gênero e idade. No Brasil, existem cerca de 65 mil casos, sendo que entre mulheres a incidência é de 1 entre 1.700.
Sobre o desenvolvimento ou possíveis causas da doença podemos citar fatores genéticos , papel de alguns hormônios, produção de anticorpos e fatores ambientais como luz ultravioleta, infecções, tabagismo etc.
O LÚPUS pode acometer qualquer sistema do corpo, tendo os seguintes sinais e sintomas:
-Constitucionais: fadiga, febre, perda de peso;
-Cutâneas: rash em “asa de borboleta”, fotossensibilidade, lúpus subagudo, lúpus discoide, alopecia (queda de cabelo);
-Mucosas: úlceras orais/nasais;
-Musculoesqueléticas: artralgias, artrite, mialgias;
-Serosas: pleurite, derrame pleural/pericárdico;
-Vasculares: trombose, vasculite, fenômeno de Raynaud;
-Renais: nefrite lúpica;
-Gastrointestinais: alterações esofágicas/gástricas/intestinais, pancreatite, hepatite autoimune, peritonite;
-Pulmonares: pleurite, doença intersticial, hipertensão pulmonar;
-Cardíacas: pericardite, miocardite, alterações valvares;
-Neurológicas/psiquiátricas: crises convulsivas, acidentes vasculares, neuropatias, psicose, transtornos de humor;
-Hematológicas: anemia, leucopenia, plaquetopenia.
Após anamnese e exame físico detalhados, há exames laboratoriais que complementam o diagnóstico. Neste momento, mimetizadores primariamente não imunes devem ser levados em conta (HIV, infecções virais, hanseníase etc.)
O tratamento segue de acordo com o sistema acometido e a sua gravidade. Os regentes do tratamento serão o reumatologista e paciente. É importante lembrar que o tratamento deve ser multidisciplinar (nefrologista, dermatologista, psiquiatra, psicólogo, fisioterapeuta), visando controle da doença e melhor qualidade de vida para o paciente.
Na suspeita do diagnóstico de LES, procure seu reumatologista.
Dr. Thiago Alberto F. G dos Santos
Reumatologista
CRM/SC 17952 RQE 18246